Queda da Selic: o que significa? 

Entendendo a dinâmica das taxas de juros e o impacto no seu negócio 

A Selic é a taxa básica da economia brasileira. Neste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central iniciou as reduções da taxa, que caiu 0,5 ponto percentual - de 13,75% para 13,25% - um movimento esperado pelo mercado desde janeiro. No entanto, é importante compreender que essa redução não terá um efeito imediato e visível sobre os juros na ponta, ou seja, aqueles que afetam diretamente empresas e consumidores. Por isso, vamos entender por que ela é importante para o seu negócio, o que significa a queda da Selic e qual será o provável comportamento do mercado diante dela. 

Se você precisa de direcionamentos sobre o que é a taxa Selic, leia a matéria: Taxa Selic: como ela impacta a sua empresa?  

Por que você precisa entender a Selic? 

As variações da Selic podem afetar dois pontos relevantes para qualquer empresa: crédito e consumo. Segundo dados da Pesquisa de Sobrevivência das Empresas realizada pelo Sebrae, 1/5 das empresas encerradas tiveram seu fechamento atribuído à escassez de recursos, falta de financiamento ou insuficiência de capital de giro. Além disso, 34,4% dos empresários que fecharam seus negócios acreditam que o crédito acessível teria evitado tal fechamento. 

A taxa Selic é importante porque é usada como referência das linhas de crédito. Isso significa que quando ela é elevada, a tendência é que tomar crédito empresarial custe mais caro, e o inverso acontece quando ela cai. Dessa forma, a queda da Selic é um dos fatores que facilitam o crédito, principalmente para pequenos e médios negócios. 

Crédito e consumo estão comumente relacionados. Com as taxas de juros para crédito menores, o que significa não apenas o crédito empresarial, mas também o pessoal, as pessoas ficam menos dispostas a poupar dinheiro. Ou seja, há um impacto direto no consumo, criando a possibilidade de aumento nas vendas. 

Fatores que limitam o impacto imediato da Selic nas taxas de juros no curto prazo 

A alta taxa de inadimplência e a desaceleração na concessão de crédito são fatores que atuam para manter o custo do dinheiro relativamente alto nos próximos três meses. Mesmo com a redução da Selic, essas influências permanecem, o que limita o impacto direto da mudança nas taxas de juros para empresas e consumidores. 

As projeções do Banco Central indicam que o crédito deve crescer cerca de 8% ao longo deste ano, após uma alta de 15% ao ano entre 2020 e 2022. No entanto, esse crescimento pode ser afetado pela dinâmica do mercado. 

Afinal, os juros vão cair?  

 Mesmo com as perspectivas de que o impacto da Selic seja observado apenas em 2024, o que já é observado no mercado é a redução das taxas de juros. A redução da Selic sinaliza a direção que o Banco Central pretende seguir nos próximos meses. Isso cria um horizonte mais positivo, uma vez que a economia também é impulsionada pelas expectativas.  

Uma parte considerável do mercado financeiro projeta um segundo semestre deste ano mais aquecido, o que pode ajudar a reduzir a inadimplência, impulsionar a criação de empregos e, consequentemente, fomentar a competição entre os bancos, melhorando o cenário para a concessão de crédito. O que demonstra que as expectativas do mercado também podem influenciar as taxas reais que os consumidores e empresas enfrentam.  

Comportamentos das taxas de juros na Monkey 

A Monkey é um marketplace de antecipação de recebíveis e possui plataformas que atendem o mercado de notas fiscais, onde empresas podem ofertar o próprio programa de antecipações com a nossa tecnologia e cartão de crédito, onde lojistas podem antecipar suas vendas de cartão. 

De acordo com uma análise conduzida por Calil Gedeon, o CFO da Monkey, as taxas de juros já haviam antecipado o corte da taxa Selic e exibiam uma tendência de declínio nos últimos dois meses. É importante notar que a taxa média de antecipação de recebíveis em nossa plataforma registrou um aumento de 33% ao longo do ano de 2022. Contudo, indicadores recentes sugerem que esse crescimento tem demonstrado sinais de desaceleração, manifestando uma redução de 2% durante o primeiro semestre de 2023. 

O que demonstra que na prática a expectativa do mercado já impulsionou a redução de taxas. A expectativa é que a queda da Selic impulsione ainda mais essa redução nos próximos meses. 

  

Algumas dicas para sua empresa em momentos de queda de juros: 

> Negocie endividamento, considere renegociar termos com credores para aproveitar taxas mais favoráveis.  

> Avalie sua estratégia de preços e vendas para garantir que os produtos e serviços estejam de acordo com o momento de taxas de juros mais baixas e maior demanda. 

> Antecipe recebíveis para acessar taxas ainda mais acessíveis. 

> Mantenha uma boa gestão financeira para que seu negócio seja resiliente às variações da Selic. 

  

Conheça nossas soluções, acesse: 

Quero ter um programa de antecipação de recebíveis notas fiscais. 

Quero antecipar recebíveis de cartão. 

Anterior
Anterior

Qual a diferença de antecipar com a sua maquininha e com a Spike? 

Próximo
Próximo

A contabilidade do Risco Sacado